sábado, 11 de janeiro de 2020

A Importância das Histórias em Quadrinhos e o valor do artista


A Importância das Histórias em Quadrinhos e o valor de cada artista.
Mestre Edmundo Rodrigues
Nascimento 10/01/1935
Falecimento 10/09/2012
Profissão:Editor de Histórias em Quadrinhos
Formação : Jornalista,desenhista,roteirista,capista

Edmundo Rodrigues,nasceu em 10 de Janeiro do ano de 1935 no estado do Pará.Começou a desenhar para revista Tico Tico aos 12 anos,com o personagem João Charuto ,uma sátira ao então D. João VI,que era baixinho,gordinho e fumava cachimbo. Foi um  grande sucesso,pois havia escolhas para sair na primeira página,ele iniciante ao lado de feras como Ivan Wasth Rodrigues, que deu a oportunidade ao menino,magrinho  de paletó de panamá com ombreiras largas. Falo-me o Ivan antes de morrer que ele pediu uma chance para aquele menino,ativo e com vontade de viver. Ele foi contratado para a Revista Tico Tico e no ano de 1954 o personagem criado e desenhado pelo artista ,já tinha entrado para a história, junto aos famosos saiu na capa principal da Revista Tico Tico. Logo em seguida foi contratado pela Rio Gráfica Editora (depois Globo)do Dr.Roberto Marinho,a onde ele fazia ilustrações com pequenas histórias que iriam sair nas 2a e 3a,capas da revista. As histórias eram sobre a história geral,curiosidades do mundo,que ficaram famosas. No ano de 1957.a RGE o encarregou de adaptar para os quadrinhos uma série radiofônica brasileira criada pelo grande escritor Moisés Weltman no ano de 1953,que foi o Jeronimo,O Herói do Sertão. Rodrigues atirou-se ao trabalho com muita garra,era a oportunidade que Deus lhe dera , que lhe traria fama e glamour. O jovem Rodrigues agora com 22 anos,tinha essa missão, transformar essa novela que passava na Radio Nacional durante décadas ,em revista de Histórias em Quadrinhos. A novela na Rádio Nacional foi um sucesso absoluto,uma grande audiência em todo Brasil.  Nesse tempo começava a chegada em  18 de setembro de 1950 da TV Tupi de São Paulo,mais no Rio de Janeiro,só chegou em 20 de Janeiro de 1951. Muito trabalho pela frente,eles que eram amigos,tinham quase a mesma idade,começaram a desenvolver o personagem que já existia na Radio,mais que precisava de um roteiro para o chamado Gibi, histórias em Quadrinhos. Foi então que Edmundo tendo o aval do escritor e autor da obra,cria a cidade de Cerro Bravo,e toda vestimenta para Moleque Saci,Aninha,Bandido Perneta,Caveira. O lançamento da Revista aconteceu no ano de 1957 e foi incrível.! As bancas de Jornais venderam num  único dia em todo pais 140.000 exemplares. A revista do Jerônimo,O Heroí do Sertão,foi publicada durante cinco anos,no entanto o artista não quis mais desenhar,ele tinha planos para a vida dele,tanto tinha que tudo que ele programou aconteceu e deu um retorno financeiro muito bom para o artista. O artista não ficou rico, mais aproveitou todas as oportunidades que apareceram na vida dele. O Jeronimo,O Herói do Sertão vendeu tanto quanto os Best Sellers da RGE, mandrake, Fantasma. Depois do Jerônimo,ele colaborou com várias editoras,lançando Clássicos da Literatura e também lançou na Atica  e  ilustrados por ele,Ilha Perdida,Cabra das Rocas com louvores. Teve andanças em São Paulo,junto do amigo Gedeone Malagola, onde trabalharam para o grande Miguel Penteado,Manuel Cassole, La Selva. Foi chamado pelo Adolfo Bloch para trabalhar na Editora e criar um departamento de HQs,isto aconteceu no ano de 1975 e o Edmundo era um artista nacionalista,ficou muito triste quando o Adolfo Bloch falou que agora, ele queria revistas importadas. Tinha o Rosemberg títulos da Marvel e da DC,que era  da Ica Press,uma agência de Gibis  do mercado internacional. Logo os títulos estavam  disponíveis e seu Adolfo concordou. O sr. Adolfo Bloch era uma pessoa espetacular ,homem inteligente,participativo,diferente de outros patrões,ele gostava do Edmundo Rodrigues,pela sua lealdade. As revistinha começaram a dar problemas,o americano atrasava muito a entrega e quando vinha depois da data tínhamos que pagar a diferença ,tipo um juros. Houve necessidade de montar dentro do departamento um apoio as revistinhas. Como elas vinha do tamanho original,tinha que diminuir o formato,tinha que ter colorista,capista,montador para ajudarem nas revistas pois não vinham pronta. Finalmente ele consegue fazer as revistas nacionais e gerar emprego para bastante artistas,que eram colaboradores e recebiam mensalmente o seu pagamento.Foi um sucesso! As revistinhas vendiam muito bem,as tiragens eram bem altas ,os trapalhões tinha uma tiragem de 140.000 exemplares,voltava apenas 6% das revistas, que chamava encalhe. Nada se perdia,com esses 6% o departamento usava para produção de almanaques no meio do ano e no final do ano,onde todos os encalhes de todas as revistas viravam Almanaques.A tiragem mais baixa do departamento Infanto Juvenil era de oitenta mil revista. Seu Adolfo,acreditava no seu funcionário,que trabalhava muito ,mais que recebia um salário compensador. Muitos criticam as cores utilizadas nas revistas da manchete,mais duvido quem teria mais conhecimento que o artista tinha,além de ser  desenhista,editor ele falava três idiomas,inglês,espanhol,mandarim. Isso deixava ele com vantagens,pois ele fazia a tradução ,sabia tudo,diferente dos que os invejosos falam. Falar é fácil,quero ver fazer! Também trabalhou na TV Manchete na Reconstituição de Crimes,entre eles a chacina da Candelária e a morte da Atriz Daniela Peres,assassinada por Guilherme de Pádua. O artista produziu 432 revistas, Irina,a bruxa que é um Icone das Hqs, Maja, A Mulher Vampiro é um clássico do Terror, criada pela roteirista de quadrinhos Ágata Desmond em parceria com o grande ilustrador Mestre Edmundo Rodrigues. Os desenhos maravilhosos do mestre  deram a Vampira vida e destaque entre os amantes do terror. Conta a história de uma dançarina de Cabaré onde através da sua dança sexual ela envolvia seus admiradores com sua beleza e seus encantamentos. Depois de  encanta-los leva-os a morte, sugando todo seu sangue . Essa revista foi produzida no tempo da Editora O Livreiro,foram somente três números. Maja,A Mulher Vampira,A Volta da Maja  e  O Fim da Mulher Vampira. Sua publicação foi um sucesso,somente não teve continuação por causa da censura,pois  o lançamento foi no período da ditadura que foi de 64 a 85. A fiscalização era muito rigorosa,tudo era censurado,eles mandavam tirar das bancas as revistas. Tem uma curiosidade nessa história toda que guardarei para sempre,foi quando ele tinha acabado a história e os desenhos,tinha quadrinizado toda a história,foi quando ele me perguntou: Ágata! Qual será o nome? Eu mesma não sabia,que nome ? Foi aí que vi na caixa do sabonete da Myrurja  Maja!
Liguei então para o Edmundo falando que já tinha achado o nome Maja, ele do outro lado da linha completa: -a Mulher Vampira! Surgiu "Maja,A Mulher Vampira. Ele é autor de 110 livros,ilustrou centenas de livros da Edições de Ouro onde era Consultor, Era amigo de todos os editores,fez tudo que desejou na vida desenhando. Hoje tem uma Gibiteca que leva o seu nome a onde perpetua as histórias em Quadrinhos como ele tanto sonhou,um fruto do seu trabalhou que nunca morrerá.
Texto de Ágata Desmond 11/01/2020






                         



                                           





 


                                               



                   









Reconhecimento por sua contribuição as Histórias em Quadrinhos.

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As Historias em quadrinhos vão completar 151 anos de existência. Histórias fantásticas,
narradas e desenhadas pelo grande pioneiro dos quadrinhos no mundo inteiro,Ângelo Agostini. No inicio do século temos um dos grandes talentos que foi Ângelo Agostini,com suas histórias fantásticas,ele que era filho de uma cantora lirica,naquela época. Foi o começo de tudo. Era o período do Império e ninguém conhecia D.Pedro,só de ouvir falar,a maioria da população 85% era totalmente analfabeta,não sabiam ler e nem escrever. Somente a Oligarquia com 15% da população eram letrados, sabiam ler e escrever! Imagina só! Não havia nenhum meio de comunicação nessa época,pois havia uma radiodifusão que só passou a transmitir no tempo do Presidente Epitácio Pessoa,em 23 de abril de  1923 e já era Republica. Então no período do Império  como vimos, não existia nenhum meio de comunicação a não ser,através  de Ângelo Agostini que começa a desenhar,mostrar seus desenhos,começando com o Imperador  D.Pedro,que  pouco se preocupava com o povo e justamente nesse momento os desenhos começam a circular nas moedas a onde vinha cunhada a foto do \Imperador D.Pedro. Agora sim as pessoas começavam a conhecer  tudo através dos desenhos de Ângelo Agostini. O sucesso de Ângelo Agostini foi grande,era admirado e procurado por todos.Fundou a Imprensa,lançou Cabrião, e também funda O Diabo Coxo com verdadeiro sucesso. Mais Ângelo Agostini foi um pouco infantil,quando no dia de Finados em São Paulo,no cemitério da Consolação,ele resolveu desenhar umas caveiras ,dançando e bebendo. Foi o fim para aqueles que estavam em velório e/ou visitando seus mortos.A Oligarquia passou a odiá-lo e por causa disso quebraram o periódico dele. Acho que por causa desse desenho mal pensado Agostini,tenha sido convidado a se retirar. De malas prontas Agostini resolve vir  para o Rio de Janeiro,quando uma nova aventura estava lhe esperando. Chegando no Rio de janeiro Agostini teve um encontro com Joaquim Nabuco que tinha ideias abolicionista,que lutava pela libertação dos Escravos. Ângelo Agostini fica extasiado e resolve ajudar Joaquim Nabuco. 0s seus desenhos eram a prova e documentava os maus tratos que sofriam os escravos,espancamentos e até morte em fornos. Ainda no Rio de Janeiro, ele funda na Vida Fluminense Nhô Quim,considerada a primeira Revista de Histórias em Quadrinhos. Já pelos de 1869 lança a Revista O Mosquito.Nossa homenagem e honraria será sempre eterna,pois hoje temos novos artistas seguidores do que foi deixado como legado para as histórias em Quadrinhos.
Texto de Agata Desmond/11/01/2020