José Lanzellotti
Foto Crédito José Lanzellotti blog
Vinte e sete anos após a morte de
José Lanzellotti, o grande mestre comparado a DEBRET, ainda deixa saudades.
Dono de um traço marcante, tudo o que ele fazia era com intenso esmero. Cada
trabalho era uma obra de arte. Fez para
quadrinhos, o personagem “Raimundo, o
Cangaceiro ‘ que foi sucesso no Cinema.
Foi uma polêmica só! Lanzellotti fez o cangaceiro andando a cavalo, o que na época, disseram
ser errado. Fez também , o
figurino do filme Iracema.
Lanzellotti começou a desenhar escondido
Aos 19 anos,órfão de pais, ele
participou de expedição ao Xingu, com Orlando Villas Boas. Aos 4 meses, no alto
Xingu, contraiu enfermidade séria e a escondeu o quanto pôde.. não
queria sair de lá. Artista de mão cheia, Lanzellotti começou a desenhar com
papel de pão e usava palito de dentes, como pincel; Fazia isso tudo escondido, porque
a família não queria que ele desenhasse.
Jose Lanzellotti fez um dos
primeiros super heróis da Hq Nacional, o Raimundo Cangaceiro, em 1953.
Artista foi assassinado de modo cruel
Artista de talento extremo, José Lanzellotti faleceu de modo trágico. Faleceu em casa, assassinado, depois de ter ajudado um
rapaz que apareceu na casa dele, pedindo ajuda. Como estava sozinho em casa, o corpo demorou a
ser encontrado. A Data que se deu a morte de José Lanzellotti, foi inventada.
Ninguém sabe o dia exato em que ele faleceu. Se estivesse vivo nesse 2019, José
Lanzelloti completaria 93 anos de idade.
E para falar desse artista sempre saudoso, Agata Désmond – Coordenadora da Gibiteca
Edmundo Rodrigues – conversou com Jussara Lanzellotti, filha e curadora do grande mestre. E você pode escutar esse bate papo agora:
Aos 66 anos, ele é um grande
mestre. Francisco Sebastião Vilachã, mora atualmente em São Paulo e segue
fazendo arte por aí. Filho de Açoreano e Carioca, sempre foi aficcionado pelos
quadrinhos. Aliás, Vila aprendeu a ler e a escrever nos quadrinhos. Dessa época,
se lembra com carinho de revistas como Jerônimo – O Herói do Sertão, desenhado
por Edmundo Rodrigues e do personagem O Anjo, de Flávio Colin. Esses dois
personagens eram frutos de radionovelas da Rádio Nacional, que disputavam as
melhores pontuações em audiência.
Foto Web
O amor se transformou em
profissão. Admirador de trabalhos de Flávio Colin e Júlio Shimamoto,fez curso no Senac/Rj e essas aulas lhe renderam muitos contatos. O
principal deles, foicom o professor
Jorge Guidacci que o levou para trabalhar na revistaO Bicho, de Reginaldo José Azevedo Fortuna,
ou só Fortuna, se você preferir. Para Guidacci, o estilo de Vilachã, era o
Realista Escrachado.
De aluno virou assistente
De aluno de Guidacci, no curso do
Senac, Vilachã se tornou assistente dele no Estúdio de Laranjeiras. Além do
trabalho para Fortuna, Guidacci lhe arrumou um outro trabalho. O jovem
profissional iria estrear em Hq, fazendo terror para a Vecchi, do Editor
Otacílio – o OTA.
Trabalhou Press
Editora, na Inter Quadrinhos, na Vecchi ( com o Otacílio) com publicações de
terror e na Grafipar também, onde pode desfrutar da convivência de grandes
mestres dos quadrinhos como Flávio Colin, Mozart Couto, Rodval Mathias e Watson
Portela.
Como é preciso pagar contas e nem sempre os quadrinhos
rendem financeiramente aquilo que se espera, Vila , seguiu pelas ilustrações de
livros didáticos para Editoras de São Paulo. Grandes clássicos já ganharam vida
pelos traços dele, como o Alienista, O Cortiço e O Triste Fim de Policarpo
Quaresma.
Mas todo esse depoimento em forma de Bate papo que a
Coodernadora Agata Desmond – da Gibiteca Edmundo Rodrigues – teve com o Vila,
você pode acompanhar agora.
Ouça o áudio1
Ouça o áudio2
Ouça o áudio3
Por Daniela Rodrigues
gibitecaedmundorodrigues@gmail.com
É isso mesmo, o projeto segue em
andamento pelas mãos do quadrinista e advogado Kleyner Arley e dos amigos
Kennio Alex, Astier Basílio e Willy Marques. A história vai ser ambientada nos
anos 80.Ela vai falar do grupo de Extermínio Mão Branca, vai ter policial valente
e pode ter a participação do personagem Flama, criado na Década de 60, por
Deodato Borges ( falecido em 28/8/14) , pai de Mike Deodato. Se os quadrinistas
conseguirem a liberação do personagem, Flama chegará na história como um super herói
já aposentado , mas cheio de experiência.
Personagem Flama, sucesso na década de 60
Para dar um toque vintage à
produção, os quadrinhos serão em P/B. Essa HQ ainda nem foi lançada e já está
dando o que falar. E para saber mais sobre ela, a Gibiteca Edmundo Rodrigues
fez uma conexão Rio/Campina Grande, na Paraíba, e foi falar com Kleyner Arley.
O bate papo dele com a Agata
Desmond, Coordenadora da Gibiteca, você pode ouvir agora.
Ouça o áudio
O Grupo de Extermínio Mão Branca
existiu de verdade e foi o nome dado ao grupo que cometeu diversos crimes na
cidade de Campina Grande, no começo dos anos 80. Os piores elementos da
sociedade, faziam parte desse grupo.
“Segundo o Diário da Borborema,
tudo surgiu em virtude de uma “brincadeira” do agente Lidinaldo Motta, que ao
ser transferido para Campina Grande, sugeriu 115 nomes de supostos marginais
que deveriam morrer.Alguém levou a brincadeira a sério e uma lista chegou às
mãos de Cícero Tomé, Supervisor Policial, na Central de Polícia de Campina
Grande. O nome “Mão Branca” foi em virtude de um crime cometido pelo famoso
“Esquadrão da Morte” do Rio de Janeiro. Ao assassinar um marginal, a polícia
carioca deixou um pano branco sobre o corpo, que se assemelhava a uma luva.
Surgiu daí o apelido do grupo de extermínio que virou legenda nacional. O “Esquadrão
da Morte Paraibano”, não se limitou apenas a matar e ameaçar marginais.
Políticos, advogados entre outros, também sofreram ameaças da organização. Foi
o que aconteceu com o ex-prefeito de Campina Grande, William Arruda, que era
tio de Ataliba Arruda, acusado de diversos homicídios. William na época era
representante do Governo Estadual em Campina Grande. A carta, abaixo escaneada,
também fazia uma ameaça a Agnello Amorim.”, informações blog cgretalhos
Agora é só aguardar a HQ. Que venha com sucesso!!!
Por Daniela Rodrigues
gibitecaedmundorodrigues@gmail.com
Ô Abram alas para elas passarem: As quadrinistas
estão vindo com tudo no Projeto do Livro Mulheres e Quadrinhos. Em 3 dias na Catarse.. ele já conseguiu 40% da meta .
A publicação é inédita,polêmica e promete mexer com egos. Mas também
se não for assim, nem tem graça, não é mesmo?
Dani Marino e Laluña Machado são duas
pesquisadoras que estão à frente do projeto do Mulheres e Quadrinhos , convite feito pela Editora Skript.
E para saber mais sobre essa publicação, Agata
Desmond -Coordenadora da Gibiteca
Rodrigues conversou com Dani Marino.
O áudio da conversa você pode ouvir
aqui.
Ouça o áudio
Para a Pesquisadora Dani Marino, que também é Editora do Minas Nerds, esse livro já devia
ser feito há muito tempo, mas faltava alguém que bancasse a idéia que tem como
tema central os seguintes questionamentos "Tem mulheres fazendo quadrinhos
no Brasil? Quem são elas? Aonde estão?"
Aonde estão as Quadrinistas?
Nessa Primeira Edição,o Mulheres e Quadrinhos traz 130 depoimentos, mas há muitas mulheres em
atividade no País. Na maioria das vezes, elas fazem parte do mercado Independente
e acabam preteridas pela mídia especializada, antologias e
divulgação, são ignoradas em livros e em prêmios. A mulherada vive à margem do
holofote..
A Editora das Minas
Nerds, diz há uma idéia de que as mulheres não são versáteis e que fazem apenas um
tipo de gênero. Para completar - muitos dos homens que escolhem profissionais para novas
publicações ou projetos - não se interessam pelos profissionais femininos.
"Se as mulheres não optarem pelos financiamentos coletivos, elas não
aparecem. Muitas nem se intitulam quadrinistas com medo de serem destruídas
pelas críticas ,desses homens. " explicou Dani.
Além do mercado restrito, mulher quadrinista tem que driblar o
preconceito
Se o mercado já é restrito para os
homens, para as mulheres é ainda mais. Além de "cavar" uma vaga, as
quadrinistas têm que driblar o preconceito. O Livro Mulher e Histórias em Quadrinhos pretende mostrar como o meio
de quadrinhos é machista, muito mais do que as pessoas possam imaginar.
Agora vamos puxar pela memória: Qual foi a última vez que você viu ou ouviu uma mulher
sendo lembrada em um prêmio de hq?
"Técnicamente elas não deixam
nada a desejar a artista nenhum, que critérios são esses que fazem com que as
mulheres não sejam escolhidas ou indicadas?" , é a pergunta da Editora do
MinasNerds, que ainda ecooa sem resposta, mas já convida a todos para a
reflexão.
Mulheres e Quadrinhos é
o livro que vai abalar a estrutura das casas brasileiras. Homens.. preparem-se!
O livro ainda nem saiu e já está dando
aquela vontade de querer saber mais.
Saber por exemplo, que para a Editora
Dani Marino, as Histórias em Quadrinhos - são sim - machistas ! “Nos anos 30 e 40 tínhamos
heroínas femininas na guerra, lutando contra nazistas e essas histórias -seguindo uma cultura americana - ganharam uma lente de romantismo sobre a
situação. De batalhadora, a mulher passou a ser estimulada aficar em.casa para receber o marido que voltava da guerra,
explicou Dani” . Elas Viraram Rainha... mas do lar.
Aos poucos, muito lentamente,
aparecem mulheres querendo mudar esse jogo e isso - graças a internet. Várias empresas estão se adaptando
para receber as quadrinistas de HQ e vem surgindo a Miss Marvel, a Capitã Marvel
escritas por mulheres.. mas isso não é fácil. Várias autoras já foram
ameaçadas. A própria Editora Chefe, Gabriela Franco, do Minas Nerds já chegou a ser atacada
diversas vezes na internet, com ameaças e bullyins em grupos mistos da web.
Diante de tanta informação, polêmica
e curiosidade.. só nos resta esperar o lançamento de Mulheres e Quadrinhos. E você pode participar o colaborar no financiamento coletivo é só click nesse link.
Por Daniela Rodrigues
gibitecaedmundorodrigues@gmail.com
Nascido em São Paulo,
Vetillo , é um dos Mestres da HQ nacional. Extremamente simpático, Eduardo
parou de assistir um jogo de vôlei para atender a Gibiteca Edmundo Rodrigues. Ele está mais vivo do que nunca, e teve trabalho reeditado esse mês, pela Editora Criativa. Convidamos Eduardo Vetillo a fazer uma viagem no tempo entre o passado,
presente e futuro. Foi uma viagem incrível, que parou logo de cara, no ano de
1956.
Eduardo Vetillo, um dos Grandes da HQ
Nesse tempo, Vetillo costumava passar as férias em Miguel
Pereira, Região Serrana do Rio,no sítio
de um Tio. Ele se lembrou com ar saudoso, que ganhava do Tio revistinhas do
Jerônimo - O Heroi do Sertão, desenhadas por Edmundo Rodrigues. Foi nessa época
aliás, que Edmundo mais trabalhou. Para Eduardo Vetillo, Edmundo Rodrigues é
uma das lendas do quadrinho e sabia muito bem o que fazia.
Eduardo Vetillo está garotão
Eduardo Vetillo, tem 77 anos e está em plena atividade com
trabalho sendo reeditado pela Editora Criativa. Com talento forjado empublicidade e pequenos Estúdios, atuou também
em grandes Jornais e Editoras do país como a Edrel , Abril ,Vecchi, Bloch e
Globo.
O trabalho na publicidadenão foi uma opção, na época em que começou, São Paulo não tinha muitas
editoras. Era o começo de tudo.
Se você preferir poderá escutar o Áudio dessa matéria, que foi demais!
Ouça o Áudio1
Ouça o Áudio2
Os primeiros trabalhos que determinariam o brilhante futuro,
começaram junto com a paixão pelo cinema. O menino Vetillo costumava ir
ao cinema do Bairro e assim que voltava para casa, corria para a mesa do Pai - que
era alfaiate - para tentar reproduzir no
papel, toda a beleza que via dos telões. E nessa hora, uma das inspirações que
buscava, era nos desenhos de Alex Raymond
O Tempo passou.. o menino cresceu e o talento foi se
aperfeiçoando.
Em 1960, Eduardo Vetillo estreou com pé direitona Editora Edrel onde já trabalhavam grandes
estrelas como Ignácio justo e o Júlio Shimamoto. E foi com o Roteiro de Carlito Cunha,
que ele desenhou a primeira HQ, chamada
Missão e que contava um episódio da Independência do Brasil. O ano era
1972.
A Missão abriu
portas para Eduardo Vetillo, como as portas da Editora Abril.
Em 1974, ele chegava
na Editora. Chegou como freela. Ocomeço
foi difícil porque o estilo de desenho dele - dinâmico e com movimento - não
fazia parte do estilo de publicações da casa.
Sem dúvida alguma a carreira dele é marcada pelo sucesso. Pai
de inúmeros personagens como Urtigão e Peninha; chegou a ter estúdio próprio no
bairro da Lapa, em São Paulo, e teve como assistenteBira Dantas... que hoje é um dos grandes do
cartoon nacional.
Vetillo - O Pai de Muitos personagens
O desejo por um estúdio próprio, veio depois de Vetillo
passar uma temporada em Nova Iorque, estudando desenho por quase 3 anos. No
estúdio vieram os trabalhos para quadrinhos. Na época em que ele desenhava o
Chaves e o Chapolim..chegou a ter
equipe com 12 profissionais. Muita gente, né?
Vetillo também emprestou os traços precisos para o Super
Herói Japonês Spectreman. Publicado na década de 80, pelo Departamento Infanto
Juvenil da Bloch Editores, a publicação tinha tiragem mensal de 85 mil
exemplares. O número nos dias de hoje, levando em conta a atual tendência do
mercado, parece surreal!!
Para Ágata Desmond, Coordenadora da Gibiteca Edmundo Rodrigues, Eduardo Vetillo confidenciou
quea melhor história do personagem
Japonês, foia de número 31, e que ela
infelizmente não foi publicada. "Nessa época quase não havia muita
promoção por conta da Bloch porque tudo era voltado para aTv Manchete. Até hoje recebo ligaçõesde fãs do Spectreman" falou Vetillo, que
em breve, vai participar de 2 eventos sobre o personagem, em São Paulo.
Spectreman foi e continua sendo um baita sucesso. Nas
décadas de 80 e 90, as HQs eram cultura de massae muitos ainda perguntam se :”O super herói
voltará a ser publicado?”
O grande Mestre Eduardo Vetillo também participou do projeto de Os Trapalhões,
criado inicialmente pelo artista Edmundo Rodrigues e que a posterior, abriu a
revista para que outros profissionais pudessem participar, e terceirizou o projeto para o estúdio Ely Barbosa.
Com uma carreira de sucesso e que serve de exemplo para
jovens artistas, Eduardo Vetillo, se diz realizado e afirma que se possível...
viveria tudo novamente.. mas que dessa
vez, começaria pelas histórias em
quadrinhos.
Por Daniela Rodrigues
gibitecaedmundorodrigues@gmail.com
O grande mestre dos quadrinhos
Emir Ribeiro nasceu Emir Lima Ribeiro, natural do João Pessoa, na Paraíba, e
está prestes a completar 60 anos, agora este mês. Profissional de sucesso já expôs em diversos Estados Brasileiros, como
na Bienal Internacional dos Quadrinhos (no Rio) e tem renome no Exterior.
Trabalhou para a TV Manchete, no Programa Documento Especial e produziu para a Press Editorial, Graphipar
e Folha de São Paulo.
Emir Ribeiro
Foto Crédito Paraíba Criativa
Artista gráfico!
É assim que ele se define. Mas vamos atualizar
isso? Você pode dizer Desenhista , Roteirista e Editor - ou se preferir - pode dizer que Emir Ribeiro é um Mestre do
lápis; um profissional que transforma um traço, numa obra de arte.
Não deixe de escutar o áudio dessa matéria que a Coordenadora da Gibiteca Edmundo Rodrigues - Agata Desmond - fez com Emir Ribeiro.
Áudio 1
Áudio 2
Áudio 3
Áudio 4
A Velta nasceu num banco escolar
Emir Ribeiro começou a desenhar
aos 5 anos de idade ,durante as aulas no
Colégio Estadual Jaguaribe, em João Pessoa. O amor pelos quadrinhos veio com a Avó.
Toda vez que Emir a ajudava nas compras,
ganhava uma HQ . Ele garante que tem até hoje, a primeira revista que ganhou. Os
Super Heróis sempre foram uma paixão do artista. Ele gostava da história dos
homens fortes , valentes e inteligentes que protagonizavam grandes aventuras,
mas não gostava deles deixarem as mulheres de lado. .. em segundo plano. E foi
assim, que criou a Heroína Velta.
Ele ainda era um menino quando criou a loira fatal chamada Velta, inspirada numa desconhecida que
certa vez, viu na praia de Boa Viagem,
no Recife A personagem era para ser
apenas um desenho, feito num quadro...mas, não é que está mocinha ganhou vida é
virou HQ?
Meses depois, a loira seria
estrela no Jornal do colégio. Foi a primeira vez, que Emir Ribeiro, trabalhou
como Editor. Era março de 1973. João Pessoa nunca mais seria a mesma!
Velta era linda e jovem, era
provocante em roupas, falas e ângulos. Para afrontar o Regime de Governo da
época e os instrumentos de censura, ela tinha apenas roupas mínimas no guarda roupa..
era uma exibicionista!! Emir Ribeiro revela que mesmo sendo um Jornal
estudantil, todas a matérias tinham que
ser aprovadas por um grupo de professores, para só depois serem publicadas. Eles eram uma xerox dos censores.
Velta deu o Primeiro Emprego para Emir.. e outros também
A vida pós Colégio, não poderia
ser diferente.
Emir Ribeiro , em 1975 , foi parar
no Jornal. Não em um.. mas em dois. Trabalhou nos jornais A União ( onde o pai
foi linotipista) , em o Norte (gerenciado
por Deodato Borges, pai de Mike Deodato) e no Correio da Paraíba.
A idéia inicial era vender a
Velta, mas ao invés disso acabou desenhando para o Jornal União, tiras com as
aventuras da Loira .Um ano antes, Emir Ribeiro, tinha salvo o jornal. O União
não tinha foto de partida importante do futebol local e ele entrou em
ação. Fez ilustração retratando o momento do gol..
Tempos depois, à convite do
Diretor Técnico do Jornal, fez a melhor dupla da vida dele. Trabalhou com o
próprio pai. Ele e o seu Emilson Ribeiro, hoje com 84anos, criaram a história
do Índio Tabira, personagem real do tempo da colonização da Paraíba. Foi um
sucesso!
Índio Tabira
Em 1980, o artista começava no
Correio da Paraíba à convite de Deodato Borges. Lá ele publicou histórias da Velta , do Tabira e teve contato
com Mike Deodato, que também participava do Correio, com a história O Ninja.
A partir daí, Emir não pararia
mais.
A mente "startou" e
além da Velta e do Tabira, Emir Ribeiro ainda criaria A Nova e o Desconhecido
Homem de Preto. Profissional polivalente, chegou a editar as próprias revistas e a vendê-las em bancas de jornal,
como a série Desabafo. Esse era o sonho dele : ver as próprias revistas nas
bancas.
Emir Ribeiro está preparando
Biografia
Emir Ribeiro segue em plena
atividade . Ele diz que na Paraíba, o mercado para quadrinhos não é muito forte.
Não há grandes editoras produzindo. E
que o forte da Paraíba são os jornais. Para o artista, o quadrinho atual ficou
mais elitizado e restrito.
E quem pensa que é só isso, se
enganou. Claro que falamos sobre os
vingadores. Emir Ribeiro desenhou os vingadores e classifica essa com uma das
boas fases do quadrinho, em que ganhou bastante dinheiro. Essa oportunidade
veio através de Mike Deodato. Quer saber uma curiosidade? Emir não foi aprovado logo de início. Os testes foram
muito específicos.. mas ele insistiu, e acabou virando arte finalista.
Se você é fã do trabalho de Emir Ribeiro, prepare-se! Ele está trabalhando na própria biografia, com mais de 200 páginas, e aguarda uma Editora para editar o livro.
Por Daniela Rodrigues
gibitecaedmundorodrigues@gmail.com