sábado, 11 de janeiro de 2020

A Importância das Histórias em Quadrinhos e o valor do artista


A Importância das Histórias em Quadrinhos e o valor de cada artista.
Mestre Edmundo Rodrigues
Nascimento 10/01/1935
Falecimento 10/09/2012
Profissão:Editor de Histórias em Quadrinhos
Formação : Jornalista,desenhista,roteirista,capista

Edmundo Rodrigues,nasceu em 10 de Janeiro do ano de 1935 no estado do Pará.Começou a desenhar para revista Tico Tico aos 12 anos,com o personagem João Charuto ,uma sátira ao então D. João VI,que era baixinho,gordinho e fumava cachimbo. Foi um  grande sucesso,pois havia escolhas para sair na primeira página,ele iniciante ao lado de feras como Ivan Wasth Rodrigues, que deu a oportunidade ao menino,magrinho  de paletó de panamá com ombreiras largas. Falo-me o Ivan antes de morrer que ele pediu uma chance para aquele menino,ativo e com vontade de viver. Ele foi contratado para a Revista Tico Tico e no ano de 1954 o personagem criado e desenhado pelo artista ,já tinha entrado para a história, junto aos famosos saiu na capa principal da Revista Tico Tico. Logo em seguida foi contratado pela Rio Gráfica Editora (depois Globo)do Dr.Roberto Marinho,a onde ele fazia ilustrações com pequenas histórias que iriam sair nas 2a e 3a,capas da revista. As histórias eram sobre a história geral,curiosidades do mundo,que ficaram famosas. No ano de 1957.a RGE o encarregou de adaptar para os quadrinhos uma série radiofônica brasileira criada pelo grande escritor Moisés Weltman no ano de 1953,que foi o Jeronimo,O Herói do Sertão. Rodrigues atirou-se ao trabalho com muita garra,era a oportunidade que Deus lhe dera , que lhe traria fama e glamour. O jovem Rodrigues agora com 22 anos,tinha essa missão, transformar essa novela que passava na Radio Nacional durante décadas ,em revista de Histórias em Quadrinhos. A novela na Rádio Nacional foi um sucesso absoluto,uma grande audiência em todo Brasil.  Nesse tempo começava a chegada em  18 de setembro de 1950 da TV Tupi de São Paulo,mais no Rio de Janeiro,só chegou em 20 de Janeiro de 1951. Muito trabalho pela frente,eles que eram amigos,tinham quase a mesma idade,começaram a desenvolver o personagem que já existia na Radio,mais que precisava de um roteiro para o chamado Gibi, histórias em Quadrinhos. Foi então que Edmundo tendo o aval do escritor e autor da obra,cria a cidade de Cerro Bravo,e toda vestimenta para Moleque Saci,Aninha,Bandido Perneta,Caveira. O lançamento da Revista aconteceu no ano de 1957 e foi incrível.! As bancas de Jornais venderam num  único dia em todo pais 140.000 exemplares. A revista do Jerônimo,O Heroí do Sertão,foi publicada durante cinco anos,no entanto o artista não quis mais desenhar,ele tinha planos para a vida dele,tanto tinha que tudo que ele programou aconteceu e deu um retorno financeiro muito bom para o artista. O artista não ficou rico, mais aproveitou todas as oportunidades que apareceram na vida dele. O Jeronimo,O Herói do Sertão vendeu tanto quanto os Best Sellers da RGE, mandrake, Fantasma. Depois do Jerônimo,ele colaborou com várias editoras,lançando Clássicos da Literatura e também lançou na Atica  e  ilustrados por ele,Ilha Perdida,Cabra das Rocas com louvores. Teve andanças em São Paulo,junto do amigo Gedeone Malagola, onde trabalharam para o grande Miguel Penteado,Manuel Cassole, La Selva. Foi chamado pelo Adolfo Bloch para trabalhar na Editora e criar um departamento de HQs,isto aconteceu no ano de 1975 e o Edmundo era um artista nacionalista,ficou muito triste quando o Adolfo Bloch falou que agora, ele queria revistas importadas. Tinha o Rosemberg títulos da Marvel e da DC,que era  da Ica Press,uma agência de Gibis  do mercado internacional. Logo os títulos estavam  disponíveis e seu Adolfo concordou. O sr. Adolfo Bloch era uma pessoa espetacular ,homem inteligente,participativo,diferente de outros patrões,ele gostava do Edmundo Rodrigues,pela sua lealdade. As revistinha começaram a dar problemas,o americano atrasava muito a entrega e quando vinha depois da data tínhamos que pagar a diferença ,tipo um juros. Houve necessidade de montar dentro do departamento um apoio as revistinhas. Como elas vinha do tamanho original,tinha que diminuir o formato,tinha que ter colorista,capista,montador para ajudarem nas revistas pois não vinham pronta. Finalmente ele consegue fazer as revistas nacionais e gerar emprego para bastante artistas,que eram colaboradores e recebiam mensalmente o seu pagamento.Foi um sucesso! As revistinhas vendiam muito bem,as tiragens eram bem altas ,os trapalhões tinha uma tiragem de 140.000 exemplares,voltava apenas 6% das revistas, que chamava encalhe. Nada se perdia,com esses 6% o departamento usava para produção de almanaques no meio do ano e no final do ano,onde todos os encalhes de todas as revistas viravam Almanaques.A tiragem mais baixa do departamento Infanto Juvenil era de oitenta mil revista. Seu Adolfo,acreditava no seu funcionário,que trabalhava muito ,mais que recebia um salário compensador. Muitos criticam as cores utilizadas nas revistas da manchete,mais duvido quem teria mais conhecimento que o artista tinha,além de ser  desenhista,editor ele falava três idiomas,inglês,espanhol,mandarim. Isso deixava ele com vantagens,pois ele fazia a tradução ,sabia tudo,diferente dos que os invejosos falam. Falar é fácil,quero ver fazer! Também trabalhou na TV Manchete na Reconstituição de Crimes,entre eles a chacina da Candelária e a morte da Atriz Daniela Peres,assassinada por Guilherme de Pádua. O artista produziu 432 revistas, Irina,a bruxa que é um Icone das Hqs, Maja, A Mulher Vampiro é um clássico do Terror, criada pela roteirista de quadrinhos Ágata Desmond em parceria com o grande ilustrador Mestre Edmundo Rodrigues. Os desenhos maravilhosos do mestre  deram a Vampira vida e destaque entre os amantes do terror. Conta a história de uma dançarina de Cabaré onde através da sua dança sexual ela envolvia seus admiradores com sua beleza e seus encantamentos. Depois de  encanta-los leva-os a morte, sugando todo seu sangue . Essa revista foi produzida no tempo da Editora O Livreiro,foram somente três números. Maja,A Mulher Vampira,A Volta da Maja  e  O Fim da Mulher Vampira. Sua publicação foi um sucesso,somente não teve continuação por causa da censura,pois  o lançamento foi no período da ditadura que foi de 64 a 85. A fiscalização era muito rigorosa,tudo era censurado,eles mandavam tirar das bancas as revistas. Tem uma curiosidade nessa história toda que guardarei para sempre,foi quando ele tinha acabado a história e os desenhos,tinha quadrinizado toda a história,foi quando ele me perguntou: Ágata! Qual será o nome? Eu mesma não sabia,que nome ? Foi aí que vi na caixa do sabonete da Myrurja  Maja!
Liguei então para o Edmundo falando que já tinha achado o nome Maja, ele do outro lado da linha completa: -a Mulher Vampira! Surgiu "Maja,A Mulher Vampira. Ele é autor de 110 livros,ilustrou centenas de livros da Edições de Ouro onde era Consultor, Era amigo de todos os editores,fez tudo que desejou na vida desenhando. Hoje tem uma Gibiteca que leva o seu nome a onde perpetua as histórias em Quadrinhos como ele tanto sonhou,um fruto do seu trabalhou que nunca morrerá.
Texto de Ágata Desmond 11/01/2020






                         



                                           





 


                                               



                   









Reconhecimento por sua contribuição as Histórias em Quadrinhos.

 Youtube canal  ABRAHQ -


As Historias em quadrinhos vão completar 151 anos de existência. Histórias fantásticas,
narradas e desenhadas pelo grande pioneiro dos quadrinhos no mundo inteiro,Ângelo Agostini. No inicio do século temos um dos grandes talentos que foi Ângelo Agostini,com suas histórias fantásticas,ele que era filho de uma cantora lirica,naquela época. Foi o começo de tudo. Era o período do Império e ninguém conhecia D.Pedro,só de ouvir falar,a maioria da população 85% era totalmente analfabeta,não sabiam ler e nem escrever. Somente a Oligarquia com 15% da população eram letrados, sabiam ler e escrever! Imagina só! Não havia nenhum meio de comunicação nessa época,pois havia uma radiodifusão que só passou a transmitir no tempo do Presidente Epitácio Pessoa,em 23 de abril de  1923 e já era Republica. Então no período do Império  como vimos, não existia nenhum meio de comunicação a não ser,através  de Ângelo Agostini que começa a desenhar,mostrar seus desenhos,começando com o Imperador  D.Pedro,que  pouco se preocupava com o povo e justamente nesse momento os desenhos começam a circular nas moedas a onde vinha cunhada a foto do \Imperador D.Pedro. Agora sim as pessoas começavam a conhecer  tudo através dos desenhos de Ângelo Agostini. O sucesso de Ângelo Agostini foi grande,era admirado e procurado por todos.Fundou a Imprensa,lançou Cabrião, e também funda O Diabo Coxo com verdadeiro sucesso. Mais Ângelo Agostini foi um pouco infantil,quando no dia de Finados em São Paulo,no cemitério da Consolação,ele resolveu desenhar umas caveiras ,dançando e bebendo. Foi o fim para aqueles que estavam em velório e/ou visitando seus mortos.A Oligarquia passou a odiá-lo e por causa disso quebraram o periódico dele. Acho que por causa desse desenho mal pensado Agostini,tenha sido convidado a se retirar. De malas prontas Agostini resolve vir  para o Rio de Janeiro,quando uma nova aventura estava lhe esperando. Chegando no Rio de janeiro Agostini teve um encontro com Joaquim Nabuco que tinha ideias abolicionista,que lutava pela libertação dos Escravos. Ângelo Agostini fica extasiado e resolve ajudar Joaquim Nabuco. 0s seus desenhos eram a prova e documentava os maus tratos que sofriam os escravos,espancamentos e até morte em fornos. Ainda no Rio de Janeiro, ele funda na Vida Fluminense Nhô Quim,considerada a primeira Revista de Histórias em Quadrinhos. Já pelos de 1869 lança a Revista O Mosquito.Nossa homenagem e honraria será sempre eterna,pois hoje temos novos artistas seguidores do que foi deixado como legado para as histórias em Quadrinhos.
Texto de Agata Desmond/11/01/2020 

domingo, 21 de julho de 2019

Eduardo Shloesser – Memórias de um artista do lápis




A Gibiteca  Edmundo Rodrigues através da nossa Coordenadora, Agata Désmond,  fez um vôo até Jaboatão dos Guararapes,em Pernambuco, para falar com o grande artista Eduardo Shloesser. Paulista, formado em Arte Educador na Universidade de Brasília, já foi desenhista na Gráfica do Senac  e  fez quase toda a vida como ilustrador e faz quadrinhos por paixão. “o mercado nesse setor é quase inexistente”, lamenta o profissional.








Zé Gatão, um dos principais trabalhos de Eduardo


Nos anos 70, influenciado pela Série Kung Fu, criou um personagem inspirado no Mestre do Kung Fu. Com medo de desenhar, ele fazia os bonecos de palitinhos que recebiam vestidos e faixas coloridas na cabeça ou quimonos diferenciados. Já na Década de 90, produziu o álbum, o Zé Gatão . Jack Kirby foi um dos que impressionou Eduardo Shloesser. Muitos outros o impressionaram ao longo da caminhada, mas quando pequeno, ele nunca se ligou muito nos artistas que desenhavam os personagens.. o que hoje lamenta.


Na década de 80, expôs no Banco Central de Brasília desenhos feitos à Carvão.



Eduardo Schloesser teve uma infância normal, marcada por joelhos ralados pelos carrinhos de rolimã e os ardidos do merthiolate, que hoje não arde mais. Único artista de uma casa com três irmãos, Eduardo lembrou que a mãe foi cantora de rádio na década de 50, mas não se lembra de algum outro artista do desenho na família. “ A primeira lembrança que tenho que querer fazer  desenho, foi quando morávamos em Cumbica, próximo da base aérea ,em São Paulo. Lá, uma esposa de militar ensinava desenho a algumas crianças. Lembro que a  filha dela de 16 anos, desenhava um Pateta (da Disney) num patinete e aquilo mexeu comigo”.

 “Meu pai trazia cadernos do ministério para  que nós treinássemos caligrafia, mas eu aproveitava para desenhar os personagens que eu via na Tv. 
A Tv chegou na minha casa, em 69. Foi mais ou menos aí, que comecei a tentar produzir alguma coisa. Aprendi tudo sozinho”. Eduardo Shloesser

Eduardo Shloesser está sempre em constante mudança. Em conversa com Ágata Desmond, disse que considera que o artista tem sempre que estar incrementando novidades aos seus desenhos. Ele já pintou quadros, batistério de Igreja Evangélica e aprendeu tudo em revistas de penteado e de moda. Começou com pinturas simples e depois vou ganhando confiança. Foi desenhista do Senac . O primeiro cheque recebido profissionalmente veio através de ilustração de um livro de poesias. O Criador de Zé Gatão fez diversos clássicos da Literatura Brasileira.




Depois desse “aperitivo” , vamos ao Bate papo na íntegra entre a Coordenador da Gibiteca Edmundo rodrigues, Agata Desmond e Eduardo Shloesser
Eduardo 4


quinta-feira, 25 de abril de 2019

Memória HQ : Lanzellotti , um dos grandes da HQ Nacional

José Lanzellotti
Foto Crédito José Lanzellotti blog 


Vinte e sete anos após a morte de José Lanzellotti, o grande mestre comparado a DEBRET, ainda deixa saudades. Dono de um traço marcante, tudo o que ele fazia era com intenso esmero. Cada trabalho era uma obra de arte.  Fez para quadrinhos, o  personagem “Raimundo, o Cangaceiro ‘ que foi sucesso no Cinema.  Foi uma polêmica só! Lanzellotti fez o cangaceiro  andando a cavalo, o que na época, disseram ser errado. Fez também , o figurino do filme Iracema.

Lanzellotti começou a desenhar escondido


Aos 19 anos,órfão de pais, ele participou de expedição ao Xingu, com Orlando Villas Boas. Aos 4 meses, no alto Xingu, contraiu enfermidade séria e a escondeu o quanto pôde.. não queria sair de lá. Artista de mão cheia, Lanzellotti começou a desenhar com papel de pão e usava palito de dentes, como pincel; Fazia isso tudo escondido, porque a família não queria que ele desenhasse.

Jose Lanzellotti fez um dos primeiros super heróis da Hq Nacional, o Raimundo Cangaceiro, em 1953. 

Artista foi assassinado de modo cruel


Artista de talento extremo, José Lanzellotti faleceu de modo trágico. Faleceu em casa, assassinado, depois de ter ajudado um rapaz que apareceu na casa dele, pedindo ajuda.  Como estava sozinho em casa, o corpo demorou a ser encontrado. A Data que se deu a morte de José Lanzellotti, foi inventada. Ninguém sabe o dia exato em que ele faleceu. Se estivesse vivo nesse 2019, José Lanzelloti completaria 93 anos de idade.

E para falar desse artista sempre saudoso,  Agata Désmond – Coordenadora da Gibiteca Edmundo Rodrigues – conversou com Jussara Lanzellotti, filha  e curadora do grande mestre.

E você pode escutar esse bate papo agora:








Daniela Rodrigues
gibitecaedmundorodrigues@gmail.com

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Mestre Vilachã é destaque no Memórias HQ

Vilachã
Crédito Rede Brasil 

Aos 66 anos, ele é um grande mestre. Francisco Sebastião Vilachã, mora atualmente em São Paulo e segue fazendo arte por aí. Filho de Açoreano e Carioca, sempre foi aficcionado pelos quadrinhos. Aliás, Vila aprendeu a ler e a escrever nos quadrinhos. Dessa época, se lembra com carinho de revistas como Jerônimo – O Herói do Sertão, desenhado por Edmundo Rodrigues e do personagem O Anjo, de Flávio Colin. Esses dois personagens eram frutos de radionovelas da Rádio Nacional, que disputavam as melhores pontuações em audiência. 



Foto Web 
O amor se transformou em profissão. Admirador de trabalhos de Flávio Colin e Júlio Shimamoto,  fez curso no Senac/Rj  e essas aulas lhe renderam muitos contatos. O principal deles, foi  com o professor Jorge Guidacci que o levou para trabalhar na revista  O Bicho, de Reginaldo José Azevedo Fortuna, ou só Fortuna, se você preferir. Para Guidacci, o estilo de Vilachã, era o Realista Escrachado.  

De aluno virou assistente

De aluno de Guidacci, no curso do Senac, Vilachã se tornou assistente dele no Estúdio de Laranjeiras. Além do trabalho para Fortuna, Guidacci lhe arrumou um outro trabalho. O jovem profissional iria estrear em Hq, fazendo terror para a Vecchi, do Editor Otacílio – o OTA.

Trabalhou  Press Editora, na Inter Quadrinhos, na Vecchi ( com o Otacílio) com publicações de terror e na Grafipar também, onde pode desfrutar da convivência de grandes mestres dos quadrinhos como Flávio Colin, Mozart Couto, Rodval Mathias e Watson Portela.

Como é preciso pagar contas e nem sempre os quadrinhos rendem financeiramente aquilo que se espera, Vila , seguiu pelas ilustrações de livros didáticos para Editoras de São Paulo. Grandes clássicos já ganharam vida pelos traços dele, como o Alienista, O Cortiço e O Triste Fim de Policarpo Quaresma.


Mas todo esse depoimento em forma de Bate papo que a Coodernadora Agata Desmond – da Gibiteca Edmundo Rodrigues – teve com o Vila, você pode acompanhar agora.



Ouça o áudio1

Ouça o áudio2

Ouça o áudio3






Por Daniela Rodrigues
gibitecaedmundorodrigues@gmail.com

Paraibanos vão lançar Hq estilo anos 80 que pode vir com o Flama.



Flama pode ser convocado para a HQ 









Deodato Borges
Foto Crédito Mike Deodato 
É isso mesmo, o projeto  segue em andamento pelas mãos do quadrinista e advogado Kleyner Arley e dos amigos Kennio Alex, Astier Basílio e Willy Marques. A história vai ser ambientada nos anos 80.Ela vai falar do grupo de Extermínio Mão Branca, vai ter policial valente e pode ter a participação do personagem Flama, criado na Década de 60, por Deodato Borges ( falecido em 28/8/14) , pai de Mike Deodato. Se os quadrinistas conseguirem a liberação do personagem, Flama chegará na história como um super herói já aposentado , mas cheio de experiência.


Personagem Flama, sucesso na década de 60 

Para dar um toque vintage à produção, os quadrinhos serão em P/B. Essa HQ ainda nem foi lançada e já está dando o que falar. E para saber mais sobre ela, a Gibiteca Edmundo Rodrigues fez uma conexão Rio/Campina Grande, na Paraíba,  e foi falar com Kleyner Arley.

O bate papo dele com a Agata Desmond, Coordenadora da Gibiteca, você pode ouvir agora.

Ouça o áudio




O Grupo de Extermínio Mão Branca existiu de verdade e foi o nome dado ao grupo que cometeu diversos crimes na cidade de Campina Grande, no começo dos anos 80. Os piores elementos da sociedade, faziam parte desse grupo.

“Segundo o Diário da Borborema, tudo surgiu em virtude de uma “brincadeira” do agente Lidinaldo Motta, que ao ser transferido para Campina Grande, sugeriu 115 nomes de supostos marginais que deveriam morrer.Alguém levou a brincadeira a sério e uma lista chegou às mãos de Cícero Tomé, Supervisor Policial, na Central de Polícia de Campina Grande. O nome “Mão Branca” foi em virtude de um crime cometido pelo famoso “Esquadrão da Morte” do Rio de Janeiro. Ao assassinar um marginal, a polícia carioca deixou um pano branco sobre o corpo, que se assemelhava a uma luva. Surgiu daí o apelido do grupo de extermínio que virou legenda nacional. O “Esquadrão da Morte Paraibano”, não se limitou apenas a matar e ameaçar marginais. Políticos, advogados entre outros, também sofreram ameaças da organização. Foi o que aconteceu com o ex-prefeito de Campina Grande, William Arruda, que era tio de Ataliba Arruda, acusado de diversos homicídios. William na época era representante do Governo Estadual em Campina Grande. A carta, abaixo escaneada, também fazia uma ameaça a Agnello Amorim.”, informações blog cgretalhos






Agora é só aguardar a HQ. Que venha com sucesso!!!

Por Daniela Rodrigues
gibitecaedmundorodrigues@gmail.com

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Mulheres e Quadrinhos está no Catarse!


Ô Abram alas para elas passarem: As quadrinistas estão vindo com tudo no Projeto do  Livro Mulheres e Quadrinhos. Em 3 dias na Catarse.. ele já conseguiu 40% da meta .

A publicação é inédita,polêmica e promete mexer com egos. Mas também se não for assim, nem tem graça, não é mesmo?

Dani Marino e Laluña Machado são duas pesquisadoras que estão à frente do projeto do  Mulheres e  Quadrinhos , convite feito pela Editora Skript. E para saber mais sobre essa publicação, Agata Desmond -Coordenadora da Gibiteca Rodrigues conversou com Dani Marino.



O áudio da conversa você pode ouvir aqui.

Ouça o áudio



Para a Pesquisadora Dani Marino, que também é Editora do Minas Nerds, esse livro já devia ser feito há muito tempo, mas faltava alguém que bancasse a idéia que tem como tema central os seguintes questionamentos "Tem mulheres fazendo quadrinhos no Brasil? Quem são elas? Aonde estão?" 

Aonde estão as Quadrinistas?


Nessa Primeira Edição,o Mulheres e Quadrinhos traz 130 depoimentos, mas há muitas mulheres em atividade no País. Na maioria das vezes, elas fazem parte do mercado Independente e  acabam preteridas pela mídia especializada, antologias e  divulgação, são ignoradas em livros e em prêmios. A mulherada vive à margem do holofote.. 

A Editora das Minas Nerds, diz há uma idéia de que as mulheres não são versáteis e que fazem apenas  um tipo de gênero. Para completar - muitos dos   homens que escolhem profissionais para novas publicações ou projetos - não se interessam pelos profissionais femininos. "Se as mulheres não optarem pelos financiamentos coletivos, elas não aparecem. Muitas nem se intitulam quadrinistas com medo de serem destruídas pelas críticas ,desses homens. " explicou Dani.

Além do mercado restrito, mulher quadrinista tem que driblar o preconceito

Se o mercado já é restrito para os homens, para as mulheres é ainda mais. Além de "cavar" uma vaga, as quadrinistas têm que driblar o preconceito. O Livro Mulher e Histórias em Quadrinhos pretende mostrar como o meio de quadrinhos é machista, muito mais do que as pessoas possam imaginar.

 Agora vamos puxar pela memória: Qual foi a  última vez que você viu ou ouviu uma mulher sendo lembrada em um prêmio de hq?

"Técnicamente elas não deixam nada a desejar a artista nenhum, que critérios são esses que fazem com que as mulheres não sejam escolhidas ou indicadas?" , é a pergunta da Editora do MinasNerds, que ainda ecooa sem resposta, mas já convida a todos para a reflexão.

Mulheres e  Quadrinhos é o livro que vai abalar a estrutura das casas brasileiras. Homens.. preparem-se!  O livro ainda nem saiu e já está dando aquela vontade de querer saber mais.

Saber por exemplo, que para a Editora Dani Marino, as Histórias em Quadrinhos - são sim -  machistas ! “Nos anos 30 e 40 tínhamos heroínas femininas na guerra, lutando contra nazistas e essas histórias -  seguindo uma cultura americana -  ganharam uma lente de romantismo sobre a situação. De batalhadora, a mulher passou a ser estimulada a  ficar em.casa para  receber o marido que voltava da guerra, explicou Dani” . Elas Viraram  Rainha... mas do lar.

Aos poucos, muito lentamente, aparecem mulheres querendo mudar esse jogo e isso -  graças a internet. Várias empresas estão se adaptando para receber as quadrinistas de HQ e vem surgindo a Miss Marvel, a Capitã Marvel escritas por mulheres.. mas isso não é fácil. Várias autoras já foram ameaçadas. A própria Editora Chefe, Gabriela Franco,  do Minas Nerds já chegou a ser atacada diversas vezes na internet, com ameaças e bullyins em grupos mistos da web.

Diante de tanta informação, polêmica e curiosidade.. só nos resta esperar o lançamento de Mulheres e  Quadrinhos. E você pode participar o colaborar no financiamento coletivo é só click nesse link

Por Daniela Rodrigues
gibitecaedmundorodrigues@gmail.com