Vetillo e Benjamin Peppe Crédito Peppe |
Eduardo Vetillo, um dos Grandes da HQ
Nesse tempo, Vetillo costumava passar as férias em Miguel Pereira, Região Serrana do Rio, no sítio de um Tio. Ele se lembrou com ar saudoso, que ganhava do Tio revistinhas do Jerônimo - O Heroi do Sertão, desenhadas por Edmundo Rodrigues. Foi nessa época aliás, que Edmundo mais trabalhou. Para Eduardo Vetillo, Edmundo Rodrigues é uma das lendas do quadrinho e sabia muito bem o que fazia.
Eduardo Vetillo está garotão
Eduardo Vetillo, tem 77 anos e está em plena atividade com
trabalho sendo reeditado pela Editora Criativa. Com talento forjado em publicidade e pequenos Estúdios, atuou também
em grandes Jornais e Editoras do país como a Edrel , Abril ,Vecchi, Bloch e
Globo.
O trabalho na publicidade
não foi uma opção, na época em que começou, São Paulo não tinha muitas
editoras. Era o começo de tudo.
Se você preferir poderá escutar o Áudio dessa matéria, que foi demais!
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Se você preferir poderá escutar o Áudio dessa matéria, que foi demais!
Os primeiros trabalhos que determinariam o brilhante futuro,
começaram junto com a paixão pelo cinema. O menino Vetillo costumava ir
ao cinema do Bairro e assim que voltava para casa, corria para a mesa do Pai - que
era alfaiate - para tentar reproduzir no
papel, toda a beleza que via dos telões. E nessa hora, uma das inspirações que
buscava, era nos desenhos de Alex Raymond
O Tempo passou.. o menino cresceu e o talento foi se
aperfeiçoando.
Em 1960, Eduardo Vetillo estreou com pé direito na Editora Edrel onde já trabalhavam grandes
estrelas como Ignácio justo e o Júlio Shimamoto. E foi com o Roteiro de Carlito Cunha,
que ele desenhou a primeira HQ, chamada
Missão e que contava um episódio da Independência do Brasil. O ano era
1972.
A Missão abriu
portas para Eduardo Vetillo, como as portas da Editora Abril.
Em 1974, ele chegava na Editora. Chegou como freela. O começo foi difícil porque o estilo de desenho dele - dinâmico e com movimento - não fazia parte do estilo de publicações da casa.
Em 1974, ele chegava na Editora. Chegou como freela. O começo foi difícil porque o estilo de desenho dele - dinâmico e com movimento - não fazia parte do estilo de publicações da casa.
Sem dúvida alguma a carreira dele é marcada pelo sucesso. Pai
de inúmeros personagens como Urtigão e Peninha; chegou a ter estúdio próprio no
bairro da Lapa, em São Paulo, e teve como assistente Bira Dantas... que hoje é um dos grandes do
cartoon nacional.
Vetillo - O Pai de Muitos personagens
O desejo por um estúdio próprio, veio depois de Vetillo passar uma temporada em Nova Iorque, estudando desenho por quase 3 anos. No estúdio vieram os trabalhos para quadrinhos. Na época em que ele desenhava o Chaves e o Chapolim.. chegou a ter equipe com 12 profissionais. Muita gente, né?
Vetillo também emprestou os traços precisos para o Super
Herói Japonês Spectreman. Publicado na década de 80, pelo Departamento Infanto
Juvenil da Bloch Editores, a publicação tinha tiragem mensal de 85 mil
exemplares. O número nos dias de hoje, levando em conta a atual tendência do
mercado, parece surreal!!
Para Ágata Desmond, Coordenadora da Gibiteca Edmundo Rodrigues, Eduardo Vetillo confidenciou
que a melhor história do personagem
Japonês, foi a de número 31, e que ela
infelizmente não foi publicada. "Nessa época quase não havia muita
promoção por conta da Bloch porque tudo era voltado para a Tv Manchete. Até hoje recebo ligações de fãs do Spectreman" falou Vetillo, que
em breve, vai participar de 2 eventos sobre o personagem, em São Paulo.
Spectreman foi e continua sendo um baita sucesso. Nas
décadas de 80 e 90, as HQs eram cultura de massa e muitos ainda perguntam se :”O super herói
voltará a ser publicado?”
O grande Mestre Eduardo Vetillo também participou do projeto de Os Trapalhões,
criado inicialmente pelo artista Edmundo Rodrigues e que a posterior, abriu a
revista para que outros profissionais pudessem participar, e terceirizou o projeto para o estúdio Ely Barbosa.
Com uma carreira de sucesso e que serve de exemplo para
jovens artistas, Eduardo Vetillo, se diz realizado e afirma que se possível...
viveria tudo novamente.. mas que dessa
vez, começaria pelas histórias em
quadrinhos.
Por Daniela Rodrigues
gibitecaedmundorodrigues@gmail.com
gibitecaedmundorodrigues@gmail.com
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